Na última quarta-feira tivemos dois poetas: um da casa, da nossa Oficina, o que muito me orgulha, da nossa viageira Eleta Ladosky ; e Affonso Romano de Sant’anna, poeta, ensaísta consagrado.
Esta postagem se refere ao poema de Eleta Ladosky Como posso estar sozinha, construído, segundo ela, em um momento recente, em que se sentiu em pânico com a possibilidade de ter que se hospitalizar, estando os filhos distantes, e tendo que deixar o marido sozinho com cuidadores. Diante do pânico que começava a se instalar, ela buscou refúgio dentro dela mesma e começou a construir os versos que ora aqui estão. A poesia salvou-a do hospital, com certeza, porque ela não precisou ir, recuperando-se completamente.
Os poemas de Affonso Romano serão postados depois por Salomé que os trouxe à Oficina e deles falará.
Como posso estar sozinha
Eleta Portela Ladosky
Como posso estar sozinha
Com tantas sombras à vagar
A tua voz criancinha
Teu jeito de caminhar
Como posso estar sozinha
Com tantos sons à gritar
Riso, pranto, melodia
Mesmo sonhos sem vingar
Como posso estar sozinha
Com tanta memória à guardar
Sol, mar, maresia
Tantas noites de luar
Tanta vida já vivida
Que teima em continuar
Presente, e sempre tão viva
Como posso estar sozinha
.
Adelaide Câmara envia email para mim sobre esse poema de Eleta Ladosky que eu transcrevo agora:
Lou, ficou excelente a última e poética postagem do blog !!!
Comentário de Everaldo Júnior sobre esse poema, para o meu email, que deixo registrado aqui para que a autora veja:
Gostei muito do poema de Eleta, fiquei pensando na simplicidade das palavras, elas nos levam a viver diferentemente os momentos difíceis.