Revista Veredas Nº 7 - Dezembro/1997

Apresentação

Taciana de Melo Mafra

Veredas 7. Mais uma reunião da produção de nossas construções na forma da escrita. Desta vez a maior parte dos trabalhos que aqui publicamos foram antecipadamente apresentados na 1ª Jornada do Traço Freudiano Veredas Lacanianas que transcorreu em abril deste ano. Nossa Jornada é um evento que inscreve a elaboração das  produções do Traço nesses 7 anos fundando um espaço onde nossa interlocução se organiza sob a forma de um encontro interno, porquanto que é desde já uma de nossas programações sistemáticas, no entanto aberta a todos que conosco trilham um percurso de estudos da Psicanálise através do Traço de Freud e pelas Veredas de Lacan.

Além dos trabalhos da Jornada essa revista é composta por uma seção sobre os cem anos de Canudos, que a todos impressiona enquanto história que interroga sobre a ética e como testemunho de tenacidade. Por fim manteremos a seção de textos com trabalhos de participantes do Traço de Recife e Maceió assim como de alguns que conosco fazem circular os  escritos de suas produções.

Nossa ligação com a arte nesse número será representada pelo trabalho da capa, que foi pintado por Jeanine Toledo, essa artista plástica por nós tão reconhecida e apreciada e que acompanha nosso trabalho há tanto tempo, participando às vezes assim: trabalhando.

Editorial

Pedro Leonardo de Lucena Rodrigues

        
Taciana,

Eu pensei em lhe escrever para comentar a edição de Veredas. Falar sobre os trabalhos, as providências práticas relativas à gráfica, a capa, coisas do gênero. Então percebi a função e a força dessa revista entre nós, nosso traço, eu tão avesso a correspondências, abalo-me e lhe alcanço, você tão erma, tão distante por trás dos marechais. Vereda. Não digo novidade, afinal quando nos reunimos, a convite de Paulo, foi em torno de um projeto editorial, mas é bom constatar que isso se renova e continua a operar.

Veredas existe. Veredas existem, possibilitam encontros, porquanto caminhos, mas, sobretudo, mantém-se nos encontros, que marcam os caminhos, os traçam, o traço.
Atualmente a nossa produção escrita, por oceânica, encontrou outros escoadouros, os cadernos do traço, a gazeta do traço, o jornal do Traço-Maceió, mas Veredas traz a marca do primeiro, do um. Nesse sentido a atual edição, exercitando essa marca, tomará como norte a publicação dos textos apresentados na Jornada do Traço, a primeira, no início do ano, fato auspicioso que ulula por registro, aliás, marcado por sua ausência.

A propósito de registro, o artigo de Paulo Medeiros que estou lhe enviando, versa sobre a saga do Conselheiro, há cem anos, à beira do Vasa Barris, aquele que não se rendeu e sobre a dele, Paulo, em 89, à beira do Sena, igualmente irredento.
Sem mais por hora, saudades e, com licença dos marechais, um cheiro. Aguardo resposta e me ocorre a idéia de utilizar a missiva por editorial.

Pedro  Leonardo.

Equipe Editorial:

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